Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Isso é sobre eu e você


e o que não faz parte disso
apenas são notas de rodapé.

sobra..


E parece que tudo pesa, que não tenho mais lugar pra lágrimas. Eu só preciso me mover, a dor diminui quando me foco em algo que não é você.

"E me dá uma saudade irracional de você." - Caio Fernando Abreu

Platonico


Nós, loucos, precisamos de paixões platônicas para afogar em whiskys. Um rosto para sair procurando pelas esquinas. Ligações às 3 da manhã. Cartas não enviadas no fundo de gavetas. Gritos debaixo de uma janela. Para rabiscar canções em guardanapos. Para dirigir embriagado e bater o carro. Para tomar uma cartela de remédios inteira. Se atirar do 15º andar. Passar noites e noites sem dormir. Para lembrar ao escutar uma canção.

Pois podem me internar. Me apaixono todos os dias, o tempo todo. Por pessoas reais ou imaginárias, pessoas que conheço ou completos desconhecidos que vejo pelas ruas. Por fotografias e palavras. Todas platônicas minhas paixões.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Meio Amor - Parte 2


No meu presente só vivo de passado, e isso me coroe demais.
Agora passo metade do tempo olhando o formato das nuvens, pensando em tudo que pode ter passado na sua cabeça, ao fazer o que me fez. Nem tento reviver o que passou, pois a dor esta na alma, não mais na carne.
Tenho infelizmente, essa lembrança fusca de tudo, essa marca no corpo, essa mancha escura no meu coração. Foi exatamente como as pessoas projetam nos filmes quando se é atropelado. Num segundo eu tava de olhos fechados, abraçando o escuro. Então eu sinto alguém me puxar, gritar comigo, reclamar, mas meus ouvidos não ouviam mais, minhas mãos não me obedeciam mais, nem as suas.
Então veio aquele empurrão, aquela força que jogou tudo, exatamente tudo pro fundo de um poço escuro, negro. E tapou. Tu tapaste a minha saída de ar, minha vontade de amar, de pensar. Me fez crer que não existe ninguém bom nesse mundo, me fez acreditar que ninguém mais para só pra olhar o sol se por. Mas por mais que tu me humilhaste, eu sei que tu vai lembrar.
Lembrar da pessoa que passou a mão na tua cabeça varias e varias vezes quando estava errado. Mas eu errei. Do anjo que cruzou na tua vida, depositando tudo e indo contra todos pra te ver feliz. Mas eu falhei. Da criança que se desabou no teu colo, só te pedindo a verdade. Mas eu pequei. Das tantas e tantas vezes que a gente fez amor, com a intensidade que ninguém jamais fará. Mas eu me vulgarizei. Da mulher que pensou que tinha te feito homem. Mas me enganei.
Fico pensando em tudo que tu me disse nesses sete meses, se tem alguma verdade escondida por entre milhões de promessas falsas. Se tinha algum sentimento bom nos teus olhares, ou se tu realmente me amavas. A gente foi de verdade? Fomos um só?
De repente eu acordei num precipício, ou dava um passo pra trás pra não cair, ou eu ia em frente e agüentava a queda. E nenhuma dessas opções me parecia boa, mas com certeza é melhor que ficar parada. Agüentando no peito a lembrança turva de quando que tu disseste que me amava no sofá, vendo o filme da minha vida, da minha vida de agora. O brilho eterno de uma mente sem lembranças.
Agora em algum lugar, longe de mim e perto de ti vai tocar Matriz do Ramires, e eu vou sentir e sorrir. Pois não há lugar para mais magoas dentro de mim. Eu não sei odiar alguém.

domingo, 21 de novembro de 2010

Meio Amor - Parte 1


“Vai chover, é melhor a gente se apressar” foram as únicas palavras daquele quarteirão de sonhos que nós dois estávamos.
“Então vamos sentar aqui, esperar chover” comentei com os olhos focadas nas nuvens cinza e pesadas.
Então antes que ele pudesse ver que meus olhos trocaram o foco, eu estava no chão. Sentada com cara de sapeca. Comecei a comentar que um desses dias insuportáveis de novembro, o calor havia me estressado e como meu trabalho tinha sido cansativo, até que ao passar numa rua sem movimento vi uma cena que me colocou um sorriso imenso nos lábios. Era um senhor de idade enfeitando a casa com luzes coloridas e com muitos Papai Noel, e havia uma senhora sentada numa cadeira de balanço com um chapéu. Ela tava ali olhando e ele olhava pra ela e ria. E então eu ri também. E os dois me olharam, apresei o passo, mas aquele gesto de amor mudou meu dia. Eu continuava a contar a experiência ate que sou interrompida ao ouvir uma voz cansada, tremula e triste dizer “Por favor, para. Para de falar, tu esta me matando por dentro”. Quando notei seus olhos, estavam úmidos, e com uma mão fui tentar limpar a lagrima que ousava me culpar. Mas suas mãos tomaram um rumo igual ao meu, me segurou forte e me parou. Era seu orgulho falando mais forte. Foi quando finalmente vi em seus olhos o erro.
Foi como uma faca ou um fogo confortante no inicio, mas impossível de suportar.
Peguei-me pensando, que os mesmo dedos que ousam tocar meus cabelos, tocaram o dela. E essa tatuagem que eu tava presente, ela também admirou. Será que ela também rio das tuas pernas sem pelo? E também falou que era melhor tu tirar com cera de abelha? Ela limpou tuas lagrimas? E as tuas lagrimas eram pra mim?
Tu foste capaz de me amar, do teu jeito. E foi competente em me magoar, do teu jeito. Só que não foi pra mim o teu abraço essa noite, teus braços mesmo que tentassem não se encaixavam como antes. Parecia com uma forma diferente, uma forma de outro corpo. Ou talvez fosse o meu corpo que renegasse teu afeto. Mesmo que meus olhos acompanhassem os teus, nada seria capaz de colocar um fim na dor de perda que eu sinto aqui. Mas não de te perder em si, mas o amor que eu sentia por ti.
Mesmo assim as musicas que vão tocar repetindo o passado no futuro, continuaram na parede do meu quarto. Com teu cheiro. Com saudade. Mas com menos amor. E foi você quem quis assim.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um amor nunca morre, adormece


Hoje quando acordei, vi minha vida completamente diferente.
Não havia vento e nem nuvens, mas eu desejava que todos estivessem ali. Era o azul e o amarelo em perfeita e graciosa sintonia.
Parecia que o tempo, em si, aplaudia alguma coisa. Mas garanto de olhos pesados, que não é pra mim. Não é pra nós.
Pela primeira vez, te vi pela manha e não te agarrei lhe desejando uma serie de coisas boas, falando bobagens ou te dando beijos. Nós dois estamos feios essa manha, mas ela tava linda. Tão perfeita, que não lhe cabia suportar tantas lagrimas, tanta dor, tantos erros...
Quando me dei conta que seria a ultima vez que ouviria o bagulho irritante e ao mesmo tempo, confortante do teu carro. Eu parei. Meus pés congelaram entre tanto calor, e não conseguiria me mover, mais uma vez era tudo frágil. Era tudo revestido de vento e esse vento era tão leve... Leve, da mesma maneira que meus pés começaram a se mover, calmamente. Fingir que estava tudo bem nunca foi o suficiente, mas por alguns minutos nos fazia crer em uma idéia falta que tudo iria voltar ao normal. E não ia, não vai.
Palavras que saiam da sua boca, ao mesmo tempo em que teu rosto tão lindo era coberto de lagrimas. Iam me rasgando, me martelando, me tatuando. Aquele bagulho exorbitante, a dor continua ia me marcando. Deixando pegadas tuas me mim. Era como se tudo ao meu redor tivesse perdido o chão, e eu estava ali, contigo. E pra mim seria o suficiente, pra sempre.
Infelizmente mais uma vez, tua rotina quebrou nosso momento. E novamente iríamos ficar separados durante horas, horas que eu só precisaria do teu amor, pra tudo ficar bem. Pra criar uma realidade que seria nossa. A nossa verdade.
Fico aqui pensando agora, qual será o rumo de nós dois. Pra onde vamos seguir. E se vamos nos encontrar mesmo, no futuro como planejado.
Eu acredito que sim, por que nada do que aconteceu comigo ate hoje me deu tanta alegria do que acordar ao lado teu, te beijar durante horas, acariciar você durante a noite. Eu fecho os olhos e digo que sim, por que da maneira que me via nos teus olhos, o jeito que te sentia presente no meu rosto, nas minhas feições. Eu jamais, jamais vou sentir algo tão completo assim.

E é do teu sorriso que eu mais gosto, e quero ele todo dia
Com você eu aprendi a ser feliz do jeito que eu queria
Beijar tua boca fez meu coração querer olhar pra frente
Me da tua mão e vem, que o amor já separou o que é da gente.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Obscuro


Na verdade não faz diferença mesmo, nossos corpos e nossas almas não fazem parte do mesmo continente. É como se houvesse uma barreira por precaução, só por alguma certeza que não estava ainda concreta. Era como se agora fossemos estranhos e nossas juras de amor, já não tivessem mais sentido.
Nem mesmo seus olhos gigantescos têm meu brilho, nem mais tua mão encaixa na minha. Mas seu sorriso... Ele vai ser sempre meu, mesmo que não.
Por que é como uma peça do meu coração que faltasse, seu sorriso. E hoje tenho o visto tão pouco. Talvez esteja ai a causa da dor incalculável que pousa sobre meu peito todas as noites, como uma coruja. A dor, só me observa. Os olhos dessa minha visitante indesejada me trazem uma lembrança incompreensível dos teus. Como se o tamanho e a afinidade de ambos, seja a mesma. Vocês se conhecem? Essa dor que eu denominei tua, é sua mesmo?
Essa angustia insaciável, como se fosse uma sede em todo corpo, mas, por mais que eu beba qualquer tipo de liquido, ela apenas aumenta. Como se buscasse uma droga específica. Uma droga de você. Mas não precisa ser por completa, apenas uma parte já mais que o suficiente, pois também não posso ser inteiramente sua.
Faz parte desse amor platônico criado por mim, vive as escuras.
Então, tu nunca saberás da dor que deita sobre meu peito, trazendo todas as lembranças que vivi contigo ate hoje, nem dos desejos e vontades controláveis que moram e morrem na escuridão.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sem olhar pra tras


Eu sei, prometi distancia. Distancia das palavras de arrependimento que vem sobre mim me atormentar. Prometi a mim mesma que essa distancia seria tanto como física como emocional.
Eu também sei que nossas musicas não tocaram mais nos rádios. Afinal, o tempo ta passando. Cada estação vem acontecendo mais rápido, com certo desespero. Mas eu continuo parada. O mundo faz volta, em volta de mim. Coloca-me exatamente no lugar que já o coloquei muitas vezes.
Hoje quando te olhei de longe, não vi seu rosto. Vi seu sentimento dolorido, angustiado. O sentimento que eu pisoteei muitas vezes, que eu pensei ser brincadeira, mas não era.
Não sei ao certo se o que apertou meu peito, com tanta raiva era um sentimento de arrependimento. Talvez seja. Mas hoje é tarde pra voltar atrás. Sinto que aos poucos, mesmo sem querer, está se libertando de mim.
Libertando de todo o mal que te trouxe, mas eu sei que os momentos bons que passamos junto, não será levado. Pelo menos, não de mim.
Aquela tarde na pracinha, em um desses lindos dias. Lembro que seus olhos que imploravam minha atenção, hoje vão sumindo com a fumaça da desilusão. Teu sorriso que sempre buscou o meu, hoje já brilha com outras pessoas. E mostra que a dor que te prendia a mim, foi embora assim como o seu sentimento, também.
Eu sei meu amor, que tudo vai passar. Que o podre que há em mim, como em ti, vai desaparecer. Mas se o amor, for mesmo amor, há de adormecer e não de morrer.
E quando passamos um ao lado do outro, sinti algo que levava meus olhos a acompanhar os teus. Meu corpo inexplicavelmente ser lado ao seu. E um beijo mesmo tímido e sem jeito, na bochecha te dar. E depois de perceber que as minhas mãos suavam e que meu corpo já não obedecia meu cérebro, notei que você estava bem, mesmo sabendo que entre nós não. Notei que teu sorriso pra mim foi de indiferença, que teu beijo correspondente ao meu, era murcho. E que teus olhos evitaram ao máximo ver os meus que ansiados imploravam tua atenção.
Amanha o verei de novo, mais cedo do que desejo. Com menos intensidade do que espero.
Mas eu tenho a consciência que foi eu quem procurou isso. Procurei de uma forma, negar tudo que eu poderia vim a sentir por ti, e conseguir anular o teu sentimento por mim. E foi por medo.
Na verdade, desespero. Por ver que você não precisa de mim na sua vida pra ser feliz. Só que infelizmente, me dei conta que eu preciso muito de você em mim, pra conseguir isso.

Nossas musicas nas rádios não tocam mais, afinal o tempo tem passado tão rápido e tão vazio, sem você aqui...



uma homenagem à dois amigos meus.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

honestamente eu digo..


Dessas novas sensações agradáveis, descarto as antigas, as piores.
Não quero me sentir assim de novo por um tempo, quero usar desse tempo melancólico, chuvoso. Quero me sentir fraca pra que eu possa me levantar com todas as forças, eu quero implorar um tempo ao tempo.
É um teor baixíssimo das vezes que me importo de verdade com o que vem pela frente. Não me vejo atrás de cortinas sombreadas, escurecidas ou esquecidas. Quero mostrar a revolução, faça-se de mim um furacão.
Nem tudo que lutei ate hoje, tem valor. A maior parte das minhas conquistas foi momentânea e não me servem mais para nada. Assim como na vida de todos. Como se um peso morto habitasse seu corpo, mas de tanto tempo que o que já os leva, nem os sente. Mas sabe que estão ali.
Não quero mais essa mentira toda na minha volta, almejo que a minha evolução seja tão grande que o resto de podres que carrego e arrasto por ai, sumam. Como toda dor já acumulada e desgastada do meu peito também vai. E vira amor, vou ser completa por um tipo de bateria movida a sentimentos bons. Só vou mover-me do meu lugar, só vou subir degraus nessa escada de vida, quando tiver certeza que ao meu lado só encontro sentimentos assim também. Mesmo que ruins, mesmo que degradantes, mas sinceros. É o que eu quero. Honestidade.
“As ondas positivas nos levarão ao oceano dos bons sentimentos“

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

(Não) Seja bem-vinda.


Sinto-me uma intrusa na vida de todos que estão a me cercar. Não duvido que seja exatamente isso que eu represento a eles.
É como se todo o lugar que havia conquistado, tivesse sumido. E tudo voltasse a estaca zero. Minhas pessoas ilhas. Distante. Razoavelmente me conhecem, pelo menos conhecem o que eu quero mostrar. Mas ele não.
Parece que não chega o que eu lhe dou, e busca mais. Cada vez mais. Não sei lidar com tanta cobrança, mas não quero que ela vá junto com ele embora. Ou suma quando ele sair.
Tudo parece completamente embaralhado e mais uma vez, chove. Chove por que passamos pelo fim do inverno. Ah, um inverno calorosamente frio. Frio como as pessoas dessa cidade, frio como os calculistas, fria como as mãos que são dadas para negócios furados. Em todos os sentidos.
Enquanto alguém no escuto me abraça com força, me fala que nada está completamente perdido, que as pessoas ilhas vão mesmo estar perto de mim como desejo. Eu choro, choro como as águas que caiem do céu. Devagar, com calma...
Não me conheço mais, não sou mais a teimosa que corria sempre atrás do que almejava, hoje nem sei mais quem vejo no espelho pela manha todos os dias com o uniforme gasto da escola. É como se eu maquiasse um boneco, e ele arrasta a todos os lugares me representando, enquanto continuo aqui, no meu quarto, intacta.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Deixo você ir, se for voltar


Se eu pudesse começar do inicio, seria tão mais fácil.
Fácil dizer que todas as vezes que nos víamos, era como se fosse a primeira. Que todos planos que a gente já fez, eram brincadeira inocentes. Pelo menos pra mim.
O difícil mesmo é começar a acreditar no fim. O fim que veio tão rápido e doloroso. Ver que mesmo eu lutando contra, ele chegou. E chegou tão forte, tão decidido que às vezes até eu penso que é melhor ele existir.
As lagrimas que me abandonaram esses últimos dias, são as mesmas que eu deixei sair quando te ouvir dizer as três palavras. Aquelas que já estavam a um tempo querendo sair da minha boca, mas por medo de ser cedo demais, as guardei. A ironia do destino, se é que assim podemos falar, é ter te colocado na minha vida pra crescer, pela primeira vez, sou eu quem cresce.
Logo eu, que pensei que por muito tempo passaria nas vidas alheias apenas pra ensinar. Eu, que me sentia tão madura e segura pra ter um relacionamento duradouro, receber a mesma coisa que doei por algumas vezes.
Infelizmente fechei os olhos pro obvio, escondi de mim mesma, o que já sabia. Tu fostes demais pra mim. Era bom o suficiente pra minha mesma pessoa, mas mais direcionada. Nunca pensei que fosse aceitar ser “inferior” a alguém, como aceito a ser a ti. E mesmo ferindo muito meu egocentrismo e a minha alta/baixa-estima, não me importo, por que tenho consciência que vou crescer com isso, que as coisas que estão pra acontecer e a dor que está pra vir, iram me ajudar.
Mas simplesmente, não estava preparada. Foi uma surpresa saber que nossas brincadeiras eram reais, e que tu querias mesmo, me levar contigo por muito tempo.
O fato é que não estava pronta pra amadurecer o tanto que amadureci nesse relacionamento, mesmo tu não enxergando.
Eu te ofereci prioridade, amor, carinho, simplicidade, fidelidade e às vezes ciúmes, raiva e choro. Eu quis te proporcionar tudo que sempre proporciono a alguém assim. Só esqueci-me de te oferecer evolução. Pensei que o teu estado emocional já estava pronto pra me receber assim, desse mesmo jeito. Mas não. Eu errei.
Como tu me dizias: - vou ser teu primeiro em muita coisa! – Eu coloquei os pés no chão, e agora eu vejo que tu foste o primeiro homem que me fez acreditar no meu potencial. E em mim, na minha vontade de crescer.
Agora que eu acalmei meu coração, que todas as coisas estão se encaminhando pro seu lugar, vejo. Que o que tu foste capaz de me doar é incrível. Doou pra mim a tua responsabilidade, a tua vontade, o teu senso, o teu respeito. Tu me ajudaste em milhões de formas, que eu só consigo ver diante tanta dor no peito, do meu rosto inchado e cansado de chorar. E eu vou pegar cada pouquinho dessas coisas que tu me deste, e vou evoluir por conta própria. E quando eu chegar pra ti e dizer: - Eu melhorei, por mim e por nós dois. – acredite, pois eu terei melhorado mesmo.

domingo, 25 de julho de 2010

os dois, ou eu e ele.


Um dia quem sabe ela vá olhar pra trás e ver que ele foi o único que lhe deu o valor necessário. Que eles eram feitos um para outro, mas não adiantava mais lutar pra manter em pé o que estava quebrado.
Ela chorou, ele disse que não. Ela tentou beijá-lo e ele permaneceu. Mesmo que seus olhos queiram a com tanta vontade, ele sabia que era o melhor pra ambos. O que ela fez foi inaceitável aos olhos dele, mas aos delas não.
A questão não era qual dos dois estava certo, mas sim qual deles ia dar o braço a torce no momento certo.
Ele disse que a amava no momento mais oportuno da sua vida, ele fez tudo aquilo que ela desistiu, valer a pena. E ela o esperou na janela com aquele carrinho quadrado que tinha tantas e tantas historias, parar e buzinar pra ela descer e conversar sobre um futuro próximo. Mas nunca aconteceu.
Ele às vezes a esperava cruzar na frente de sua casa depois do pico do sol, mas ela trocou de caminho. Por medo.
Quase sempre, eu paro e penso naquele casal que criou uma intimidade gigante um com outro em menos de um mês de convivência. Quando tu o vias olhar pra ela via sinceridade tamanha, quando tu reparas nos gestos que ela fazia para se encaixar a ele. É uma historia que me inspirou e inspira há muito tempo. Mas acho que só se acha uma vez na vida um homem que te transforma em mulher em apenas poucos dias.
Ela implorava sua atenção às vezes, mas principalmente naquela noite que eles romperam. Ele não a olhava mais como antes, não a abraçava mais como antes, nem se quer falou às palavras que ele costumava dizer.
Os dois fizeram de tudo parar o clima não pesar, eles brincaram, se abraçaram, mas sabiam que estava faltando alguma coisa. Todas as vezes que ela o olhava nos olhos, ele desviava fazendo qualquer brincadeira. Mas quando ele nego o beijo, ela não agüentou, lagrimas de horas saíram sem controle. Como se o fim do mundo estava próximo, mas pra ela estava mesmo.
Querendo esconder a vasta tristeza que estava pra tomar conta de si. Disfarçando as evidencias, ele a apertou com força, como se falasse com o corpo: - por que tu estragaste tudo? – e ela sentia isso. Sentia que tinha estragado tudo. E chorava.
Chorava como se toda a dor do mundo fosse pouco perto do que logo ia preenchê-la. São tão poucas palavras que os dois se trocaram, mas conseguiam se ler pelo tanto de intimidade que tinham. E então ela com olhos inchados e com o coração extremamente apertado deitou em seu encaixe favorito, os braços dele. Ele beijou seu rosto, mas não sua boa e com um voz rouco pronunciou que iria pra casa. Entrando em desespero ela negou, disse gritando e ignorando seus pais, NÃO.
Ele não podia a deixá-la, eles eram a perfeição com rachaduras. Era complicado tudo que havia acontecido, mas eu sei que eles conseguiram superar.
Não existiria outra chance se ele não acreditasse no poder do amor dela. E não existiria outra chance se ela não lutasse para reconquistá-lo.
É estranho contar um historia que não tem final feliz até agora. Uma historia que é tua, mas coloca em terceira pessoa.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sem mais


Deixa pra lá, mais uma historia de amor.
Mais um fracasso pessoal, umas lagrima em adicional.

Crueldade


As pessoas não mudam. Então por favor, não acredite quando um menino que não sabe valorizar ninguém lhe dizer, – contigo é diferente – por que nunca vai ser. Será exatamente igual às outras dez que engana ao mesmo momento que tu. Vai virar mais uma pessoa insignificante, carente e ausente. E ele será pra ti mais um menino que ainda não tem coragem de afirmar sua idade física, com a mental. E será triste pra ti cujo tem sentimentos. Não pra ele.
Ele não terá tempo pra sentir tua falta, se é que sentiu tua presença. E quando tu quiseres usar do teu charme e o deixar sentir tua ausência, será completamente insignificante, como todos os momentos que vocês tiveram, mas tu se lembras deles com amor, e ele nem se lembrará. Por que por mais que tu tentes entender, não conseguirá. É uma mente doentia, é algo sem valor algum.
E para piorar a situação, se você aceitou ser a segunda por pouco tempo se quer, pode ter certeza que as outras mulheres vão aceitar como tu aceitaste, e tu estarás no lugar que sempre desejou com cara que sempre quis. Aquele que não vale nada, que pega varias e varias nas baladas enquanto tu dormes e te priva das coisas.
É cruel, falas de uma pessoa complemente infeliz e apagada na vida. Desculpa, se falo o que tu sabes, mas não quer ver. Perdão, se eu falei o que estava escondido há muito tempo e tu não tiveste a capacidade de tirar a viseira que lhe tapava os olhos para enxergar.
Hoje não sinto pena de ninguém, por que odeio que sintam pena de mim. Mas eu sinto dó dessas garotas jovens que acham que um homem é capaz de mudar por amor. É pedra, querida. É mármore o que eles têm pela parte de dentro, é como se fosse uma proteção pra não viver o que esperamos a vida toda pra ter.
Simplesmente seja como eles. Não sinta e não se importe.
Tu vai achar um cara legal na vida inteira, e quando o achar, não o deixe escapar por que tem gente procurando também! :)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ponto de Paz


Se eu pudesse, voltaria para fotografar aquele momento que me libertava de tanto ódio que guardava por não ter a quem amar. Aquele exato momento que coloquei minha cabeça sobre seu peito, que organizei as idéias perdidas por muito tempo, em um único lugar.
Foi aquele instante que me vi ao lado dele, quando ao olhar aquele objeto no seu pescoço com sinal de fé, pulsar com toda intensidade que o momento oferecia. Eram seus braços junto a mim, meus cabelos desenhando o formato do travesseiro, suas cobertas aquecendo meu corpo. Era sua vida que acabava de juntar com a minha, seu cheiro que teria ao meu como referencia, tua alma que imploraria pelo meu corpo. Eram as palavras doces nas tardes frias, os desejos que todo corpo escondia. Era tudo que eu sonhei, realizei, desejei localizado em um só homem.
Era meu tom de voz que iria mudar, minhas mãos que nas tuas mãos iam se juntar. Era tudo que eu quis, amei, pensei em um só ser. Era pra ser tão passageiro que eu nem ia sentir, uns beijos aqui outros ali. Não poderia sentir essa adrenalina cada vez que te toco, não posso pensar em te beijar todas às vezes olho pro teu olho, esse olho escuro... Brilhoso.
Tudo em mim sente tua falta quando não estas por perto. Meu sorriso, meus olhos, minhas mãos, meu corpo, meus desejos, minha alma, meus ouvidos. Tudo que conquistaste nesse minúsculo tempo, que de tão pequeno já parece anos. Me desperta ódio por ter que se auto-afirmar com as outras. Causa-me frio na barriga cada vez que me beija de leve. Induz-me ao pecado original toda vez que puxas meus cabelos. Ah, se tu soubesses o que me passa pela cabeça quando apoiamos nossos corpos pesados e cansados na tua cama macia a acolhedora, ficaria louco se eu te contasse os planos que fiz pra nos dois. Planos que tu nunca vai descobrir, por que afinal continuo com meu poder de sedução.
Quando esse vento me sobra sem teus abraços, me sinto nua. Quando meus lábios se beijam sozinhos, sinto que estou te traindo. Quando meus olhos te procuram no horizonte e não te vêem, sinto que estou te levando dentro de mim.
É como tu me disseste – “Esperei por ti tanto tempo” –. Eu realmente te esperei, e agora te achei não vou te deixar ir, vais ficar comigo por que eu estou aqui. Este ai é outro momento que tenho que descrever, mas vou deixar pra mais tarde, por que tenho coisa melhor pra fazer – piada interna –.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Relembrar é Viver


E se as pessoas mais importantes da sua vida morressem? Se tudo que você acredita parasse de existir, simplesmente sumisse? Se os sonhos virassem cinza a vento, e sobre teus olhos fossem desparecendo? Se as coisas que faz diariamente perdessem todo o sentido?
O que restaria a ti?
Ir a um lugar que nos lembram de certos momentos. Ficar parado olhando um ponto fixo durante o choro das nuvens e da raiva dos trovões. Restaria a mim, uma porção de duvidas, um gole de lagrimas e quem sabe, uma sobremesa de boas recordações.
Nunca lhe passou pela cabeça que um dia todos vamos morrer, e desse “todos” nossos amigos estão incluídos? Amigo de uma noite de farra, amigos de horas boas e também os de horas ruins. Ou seja, eles serão os mesmos. Nunca se lembrou de dizer o quanto alguém importava na tua vida, mesmo sabendo que o dia de amanha, assim como qualquer outro, não te pertença?
Procurei tanto por um sentimento puro e verdadeiro de amizade, que hoje não sei se as pessoas que me iluminam sabem o quando as admiro. Se elas sabem que todas as noites, agradeço ao destino por ter colocado-as em minha vida.
Hoje pode ser a ultima vez que sinto essa dor insaciável no meu peito, pode ser a ultima vez que vejo o céu chorar pelas catástrofes que ocorrem pelo mundo ou à última vez que me sinto confusa e em paz ao mesmo tempo.
Esse fundo melancólico e dramático faz lembrar-me das risadas bobas que joguei ao vento e nunca mais as resgatei do meu baú da vida. Talvez seja essa a razão do meu texto, talvez seja isso. Registrar mais um momento que quero recordar.
São tantas as palavras que tenho que mencionar e são pra tão poucas e únicas pessoas que tudo que eu penso embaralha. Queria ter capacidade e a criatividade de agradecer a cada pessoa que me ajudou a crescer o tanto que cresci, até as pessoas que me colocaram pra baixo, que me humilharam, que me desprezaram eu iria agradecer, por que eu entendi que com esse tipo de pessoa não devo nunca me importar, sejam ruins ou boas e se forem boas, serão falsas, então dá no mesmo.
Notei que devo dizer hoje o quando me importo, devo falar ao vivo o quanto quero ter essa pessoa pra sempre do meu lado.
Relembrei que nada do que eu escute mudará minha opinião sobre as graças que o destino colocou na minha vida, a não ser que elas me mostrem isso.

Eu vi que crescer é uma opção nossa, que não podemos exigir isso que alguém. Que aprender pra alguns é impossível, e que se importar com o próximo está no nosso sangue. Pelo menos nos humanos.
Queria reviver um momento único, e dizer pra essa pessoa, que esse momento foi realmente único. Ou apenas olhar pra ela como olho pra essa tela ao relembrar disso tudo. O tempo passa e mesmo que os relógios do mundo todo dessem milhões de voltas, nunca vão me tirar essas lembranças boas que guardo dentro de uma caixa, no meu armário de roupas, fechada com um frágil cadeado que a qualquer momento espera receber novas e nossas lembranças. Minha caixa tem um nome e um segredo. Coração é seu nome, e o segredo eu ainda não contarei.

domingo, 30 de maio de 2010

Reflexos no Gelo


Pensei que estava curada da paixão instantânea e desse vazio que ela me trás. Pensei ter superado essa fase de me apaixonar pelo primeiro amante que me desse um pouco de atenção, depois de um relacionamento fracassado. Pensei tantas coisas que hoje me vejo sem nenhum desses pensamentos persuasivos que comem minha energia, a porção de criatividade que tenho durante os dias mais frios desse ano úmido.
Quero calor. Preciso sair dessa cidade, ela não me deixa bem.
Pra ajudar tenho a mania ridícula de entrar no MSN e digitar seu nome, apenas pra ver se você está online, pois não há mais nada a ser dito.
Entre os poucos olhares que já trocamos guardo seu sorriso, das palavras engraçadas e estranhas que já dizemos, lembro-me apenas de quando disse que me amava. Por quê? Se eu sei que é falso, eu sei que não é do fundo do seu coração. Diga-me, por que diabos eu acredito nisso?
Eu só precisava de um segundo pra te mostrar que as coisas podem melhorar. Que o amor dentro de mim não é em vão. Desculpa, me precipitei. Não é amor. Indescritível é o tamanho desse carinho, mas não é amor. Intolerável é o tamanho deste ciúme, mas não é amor. Nem chega perto de ser mágico e cuidadoso.
Já sei, é física? Lei da atração, de Newton. Por favor, uma luz. Aqui ta ficando cada vez mais escuro e começo a pensar que o problema é comigo, sem colocar a culpa na falta de maturidade dos outros. Estou com problemas, não quero tua ajuda. Vou me virar sozinha por que depois disso tudo ainda restou o meu orgulho.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Emocional Confuso


“Eu ainda não estou no momento certo, depois do meu ultimo namoro.. nunca mais fiquei com ninguém serio mas eu gosto do teu jeito de ser por isso digo agora, pra não te magoar..”


Eu sei que ele nem merecia minhas lagrimas, mas elas não foram pra ele, de fato! Pois existiam muitas razão para acabar num mar de lagrimas, essa foi apenas a gota d'agua.
Criei novas maneiras que não dizer o que eu sinto, novas formas que não falar nada sobre um possível “nós”. Mas eu não quero que fujas de mim e fique longe por medo da mania de perfeccionismo que eu adquiri com o tempo, esquecendo as pessoas que são apenas... pessoas.
Nem me mostre o gosto do teu beijo, não chegue perto de mim com esse perfume barato, não encoste sua mão sobre a minha mão em sinal de carinho e, por favor, não fale de amor. Vai evitar que minhas defesas abaixem, que cresça a flor que plantou dentro de mim, mesmo sem querer, e eu sei que foi.
Mas que ele me prive do possível, tire essa magoa sem razão que tenho pelo seu jeito sincero, levemente grosseiro, mas de uma forma muito doce por que eu sei o que dentro, o coração esconde.
Peço por favor, que não me iluda com palavras que não digam a verdade, palavras traiçoeiras, pois mesmo que eu saiba o quão elas são falsas, iram mexer facilmente com meu emocional defeituoso.
Na duvida, vá embora com os sonhos que eu sonhei pra nós dois. Não quero lembranças pra me arrepender depois.

Ou melhor fique, mas não me deixe sair do chão.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O novo antigo

Engraçado é te vê no espelho quando me procuro, é sorrir com sua boca e acompanhar teus passos da maneira que posso.
Desgraça é não ver teus olhos brilharem ao acordar do sol, é não decorar teu jeito depois de tanto tempo e não poder te acariciar como sempre quis.
Irritante é saber que tua boca hoje beija outra, mas teu coração me pertence e sempre irá pertencer. Errado é pensar que um dia os dois serão apenas meus.
Desgastante é ficar imaginando seu corpo acompanhando minha alma por onde quer que eu vá, é conseguir diferenciar teu perfume a milhares de km mesmo sem conhecê-lo na tua pele.
Excitação aos meus sentimentos é lembrar-se da tua voz rouca, das tuas bochechas flácidas e lisas e do teu cabelo caracol. É saber que mesmo longe teu sorriso sempre será pra mim. E isso me dá calma, paciência.
Mas faça o que quiser destas emoções acumuladas. Faça o que bem entender da minha angustia de só saber te amar. Mas use-a pro teu bem mesmo que me faça algum mal. Para todos esses males existe uma sensação nova, uma droga que eu ainda não conhecia, mas acabei de viciar. Ainda não sei o nome e quanto tempo dura o efeito, mas gostei de experimentar.
Ela por me fazer ficar perto de ti, ela por mostrar que ainda somos um só, dela por não querer que isso acabe. Essa droga, que ao me tirar do fundo desse abismo que tu conheces como ninguém, me torna cada vez mais fraca as tuas palavras fazendo com que eu me rendar francamente e facilmente aos teus versos repetidos e cansativos que escutei por ai.
Eu tenho motivos pra te odiar e por mais que eu implore esse sentimento, o recuso. Pois é por ti que ainda vivo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Autoconhecimento


Estranho. O Céu chora de novo, mas dessa vez não tem nada haver com meus sentimentos tristes ou confusos.
Meus olhos ficam presos a cada gota que derrama sobre a minha superfície. Procuro uma explicação por que pela primeira vez não acompanha meus maus sentimentos.
Não tem razão pra isso Céu, estou bem. Confusa, mas bem.
Vou até lhe contar a causa, quem saiba você se acalme, respire e veja a beleza que está pra nascer depois das tuas lagrimas carentes e sinceras.
Enquanto eu tocava os primeiros acordes do meu violão lembrei-me de todas as coisas que levaram a cada decisão pequena e grande na minha vida, então, parei.
Parei de chorar pelo leite derramado, pela lagrima salgada que hoje parou de habitar meus dias de insanidade, por que eles me serão de muita utilidade. Olho para trás e me vejo sempre esperando chegar o dia que vou sorrir, e essas lagrimas iram sumir. Acho que esse dia chegou por que pela primeira vez em dez meses me sinto LIVRE!
Livre pra sonhar com coisas reais, pra amar de verdade. To livre da corrente que me prendia ao chão sem poder voar, da bola de vidro que eu tinha criado em volta de mim. Ainda bem, já estava sem ar, sabe Céu?
Sinto-me tão solta, tão à vontade e ao mesmo tempo me pergunto quanto tempo isso vai durar. Espero mesmo que seja pra sempre, gostei dessa sensação! E ela é nova, Céu. Tão nova que ainda não me acostumei com tanto ar em minha volta, com essas risadas conhecidas. Ah, por falar nisso deixei as pessoas me conhecerem de verdade, vou as deixar tirarem suas próprias conclusão, sejam elas precipitadas ou não.
Eu ainda não sei quem sou esse novo eu, não sei ainda se deixei de ser uma larva pra virar uma borboleta, ou se a minha borboleta vai ter apenas 14 dias de vida. Não me preocupo, nem mesmo vou contar. Pelo simples fato de estar acontecendo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Guardei sem ter porquê


Enquanto você vive sua vida ignorando os fatos, eu vivo a minha em torno dessa sua angustia gigante e escondida.
Eu tenho dentro de mim, as tuas pegadas pesadas. Tenho o sonho morto pela facada de maldade que você enfiou dentro de tudo que a gente já viveu, imaginou, pensou.
Essa musica me lembra aquela época que você me dizia o quanto eu era especial, que você sussurrava o seu amor entre parcelas, me lembra exatamente o dia que lhe vi inchado, com os olhos e o rosto todo vermelho ao ler minha carta, ao usar meu presente e ao sentir meu cheiro pela primeira vez, me lembra da tua jura eterna, mais uma vez, você comprovava teu amor e teu respeito por mim. O quanto mais puro eu achava que era, o quando mais inocente um tinha certeza que você se provava. Enganava-me.
Imaginava-te um menino indeciso, e vi um homem com uma gigante e prospera personalidade. Via-te como um guri bobalhão e esqueci de levar a serio tuas bobagens serias. Acabei te perdendo pelo fato de não ser o que tu esperavas ou imaginava.
Não me culpo de nada, alem da vida inútil que levo ou do sonho que destruir ao dizer – então vá – com tanto desdém, sabe? Não me culpo pelo destino não ter responsabilidade suficiente e dizer que a culpa é dele, na realidade. E sempre será.
A culpa é do destino, de Deus, do Céu que irão habitar aqueles que acreditam na bobagem gigante que igreja implantou na raça humana, por décadas! São eles os donos dessa angústia que me aperta o peito, eles que me fazem ver o quando continua frágil a vida que levo.
Como tuas lembranças podem me transportar desse tempo para outro tão bonito e tão diferente, mas tão, tão... Qual seria a palavra? Ah sim, distante!
Teu coração bomba o meu sangue, teu sorriso aquece meus pés nas noites geladas, escuras que são normais nesse inverno.
Teu abraço, teus braços, teu beijo que não sei o gosto, que não sei o nível do aconchego, que não enxergo.
Preciso me livrar de tudo que me transporta a esse lugar mágico, mas então terei que livrar-me de mim.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desordem


E quanto mais pessoas me cercam, mais sozinha eu me encontro. Quanto mais sentimentos eu descubro, mais deles eu desconheço.
Talvez tenha sido a maneira estranha que nasceu o dia, ou o sol ter aparecido depois de tantos dias escondido atrás do choro do céu. Quem sabe seja a mudanças do vento por que essas desordens de sentimentos precisam de um motivo, urgente.
A solidão está chegando antes que o previsto, ela vem como uma rajada de vento quente que ao em vez de me aquecer, queima. Queima o coração apertado querendo um pouco de ar, um pouco de gelo.
Foram abertas novamente as minhas feridas. Impacientemente o vazio volta, querendo congelar o que estava quente, renasce o que eu já havia de fato matado.
Não apenas lagrimas caem, mas eu caio junto. De modo que me machuco profundamente, de modo que me mato mais uma vez. Cansei desses múrmuros de paixão, dessa incansável desordem, desse vazio que me mostra cada vez mais o quão fundo eu posso cavar e me enterrar pra não ferir ninguém.
Desajeitada, sozinha, perdida, vazia, cheia de talvez, cheia de sim concretos e não absolutos.
Doses diárias desse whisky vagabundo já não me colocam para dormir, desmaiada. Nesse som cansativo de carros, nessa fumaça que invade meus pulmões, eu não consigo mais parar de pensar nas vezes que errei, nas incertezas que causei e nos corações que quebrei.
Quem sabe eu não seja ninguém importante, talvez eu não tenha serventia.
Quem sabe eu sou mais uma das meninas estranhas que existem pelo mundo.
Não sou diferente por ser, por que todos são. Sou assim por que já me amei e por isso te peço, não fique perto de mim. Não mais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Grandeza, é o que tu representa


Hoje na capa do meu caderno escrevi essas palavras:
“Por onde tenho passado, uma ferida tenho criado
Por que não sou o pra sempre de ninguém, alem de mim.”
Então refletindo notei que não importa quantas vezes me magoam, não importa quantas vezes eu chore, por que se eu souber que de longe ela olha pra mim, já muda complemente a expressão do meu rosto. Quando leio as coisas lindas que ela já fez por mim, olhos não apenas enchem de água salgada, como elas também escorrem pelo meu rosto com simetria perfeita.
Quando noto que serei o para sempre dela, quando me cai a fixa que nunca vou deixar de ter ela em minha vida, certos pensamentos surgem. Pensamentos que não vou deixar de citar por vergonha, coisas que nunca vou deixar de escrever por timidez. Com Ana, aprendi que a amizade não tem barreiras, com Ana eu realmente amei, realmente sofri. Eu realmente vivi.
Posso passar dias e noites sem falar com ela, mas meu pensamento a segui diante a distancia que o destino escolheu. Diante a força que eu sei que cresceu, em frente às águas que já desceram tentando nós derrubar.
Sei de seus defeitos, das inúmeras qualidades, dos apegos e desapegos que o coração cheio de surpresas que é o dela, mostra. Conheço os traços de seu rosto delicado, o sorriso contagiante e alegria excitante. Não hesito em dizer a beleza que trás, a luz que proporciona, o calor que me induz a fazer coisas novas, a amar de verdade.
E mesmo que as vezes eu queira chorar no teu colo, mesmo que as vezes eu te odeie por morar longe demais do meu sorriso e por mais que te chame de azeitona, prometa pra mim que nunca vai deixar de ter esse sorriso, de mostrar aos outros tua força, tua garra. Prometa também que não vai deixar de sorrir nunca, e sempre vai acreditar no teu potencial e ele é gigante acredite. Nunca deixe de viver por uma briga, não pare de pensar por medo de chorar, não deixe que a razão tome conta de todo o amor que carrega por carma dentro de ti, e eu de mim.
Não esqueça que nos somos professoras, escolhidas pelo destino. Só esqueça-se das coisas ruins, das minhas manias ruins, das tuas bobagens de dar importância pra quem não merece. Não deixe ninguém falar o que você deve ser, não deixe nada impedir seu destino que com certeza é junto ao meu.
Não fale quando deve escutar, nunca deixe de falar quando querem te ouvir. Mas também não conte o final do livro se quiser que eles o leiam.
Aprendi tantas coisas contigo, com essa tua personalidade brilhante. Com teu jeito deslumbrante. Ana é calmaria, é leveza ao andar, falar e agir. Carolina é revolta, é força, é birra, é puro ego. E disso tudo te faz tão perfeita, esse equilíbrio que só eu que vejo. Essa semelhança tão grande entre nós, essa diferença tão gigante que existe.
Pois quando tu não praticas o sorriso, o mundo para de praticar também.

E então, sorri para mim, hoje?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Começo do Fim


De um lado ao outro eu olho, recordo todos os teus movimentos com facilidade.
Eu tento entender como aquelas palavras secas e congeladas saíram da tua boca sempre tão doce.
Enxugo minhas lagrimas que não querem parar vazar de dentro dos meus olhos aflitos por não tem notado antes o valor que tinha pra mim. Por só agora, depois de um fim carinho e gentil saber que sempre foi ele, ele que estava por trás dos meus melhores e piores dias, que me fazia rir durante aquela TPM que durava o mês inteiro. Era ele que me deixava rindo sozinha durante o caminho de casa, depois da escola.
Por mais que eu não enxergue em todos os lugares teu rosto, nem sinta todo o momento teu cheiro que já me levantou de muitos momentos ruins. Eu nunca vou esquecer-me do teu sorriso que sempre me deixou alegre. E hoje, mesmo que nossas vidas estejam separadas por ironia do destino, é ele que vai me ensinar a viver sem teu corpo carinhoso, sem teus olhos cor de mel, sem tuas brincadeiras e palavras doces.
Vão ser teus gestos que ensinaram como conviver com o vazio que tu deixaste em mim, com esse coração apaixonado que tu pisaste com tanta força, mesmo sem querer.
Olhando para porta do meu quarto, lembro do primeiro dia que entraste aqui. Lembro da tua alegria vista, por saber que não seria mais um em minha vida. Lembro do sorriso que tu estavas, de orelha a orelha. Do teu jeans desgastado, dos tênis de marca e também da tua blusa macia. Lembro-me de tudo que vivemos com a maior alegria possível, com toda alegria que restou de mim. Mesmo sabendo que ela logo vai acabar.
E querendo ou não, vamos reaprender a viver sem o outro, sem as brigas e sem os sorrisos. Tudo vai embora, meu bem. Os momentos ruins e também os bons. Vou ser uma recordação bonita, uma musica que você vai deixar de escutar, por medo. O mesmo medo que eu também vou sentir.
Quando me falou que não sabia mais se me amava, todas as lagrimas que eu não larguei durante as tuas palavras saíram como uma rajada de vento dos meus olhos. Primeiro, elas se acumularam nas minhas pálpebras cansadas e logo depois pisquei... E elas não paravam mais de sair de dentro dos meus olhos já vermelhos.
- Isso vai passar. - disse ele.
Passar? Vai passar o vazio? Vai sumir a dor? Meus olhos iram secar. Mas não de querer mais chorar e sim de não ter mais o que chorar.
E mesmo chorando eu o respondi com firmeza – isso não passar, a gente que aprende a conviver com o sofrimento. Por isso me torno cada dia uma pessoa pior. – então ele me manda calar a boca, e nunca mais repetir isso.
Não querendo mais olhar para aquela cara inchada e vermelha, perfeita, eu o pedi que fosse ao banheiro lavar o rosto e assim ele poderia ir embora.
Era pra ser brincadeira de criança, mas me amaste como um homem. Era pra ser mais uma historia boba, mas tu vai ficar pra sempre dentro do meu coração. Era pra ser fútil e foi tudo.
Como é frágil esse meu sentimento, como é comum essa minha historia. Aquela que eu pensava ser única e perfeita, hoje já não me alegra e também já não me derruba como antes.
Cuidado com o tempo, ele é o melhor. Mas também leva o sentimento.
É tudo o que tenho que refletir.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

BREAK


Toda vez que me lembro de ti, um sorriso surge nos meus lábios cansados de forjar palavras e ações. Toda musica, um pensamento perdido aparece, sobre ti. Sobre nós.
De todos os lugares do meu quarto, vejo teus gestos. Do meu lado, eu imagino você na minha cama, teus olhos quais só sei a cor olhando nos meus de mel. Tua boca falando meu nome, me pedindo pra deitar mais perto... Pra colocar minha cabeça sobre teu ombro, e cochichar nos teus ouvidos o que queres tanto me dizer.
E quando acordo pra minha fútil e inútil realidade, sinto meu coração sumir de tão apertado pela saudade que hoje é mais viva que ontem.
Então olhando essa carta, crio um buraco fundo e escuro no meu peito, retiro de dentro todas as alegrias que me trouxe nesses meses que passam como o maior ponteiro do relógio. E mesmo assim continuo a te amar. E fico loucamente te amando durante horas e horas, pensando como posso sentir essa segurança com alguém que está três estados longe de mim, que se encontra carente e persuasivo. Usando mulheres pra se saciar.
Eu tremo, tremo por saber disso tudo, por saber que é verdade. Meu estomago da voltas, sinto estou vomitando palavras por todos os lugares que ainda te vejo. Espelho, computador, fotos, banheiro, chocolates, webcam, teclado, celular, minhas mãos, minhas unhas, meus olhos, tenho medo de ter que vomitar na minha própria boca por desejar tanto um beijo seu. E meus olhos já cansados de tanto chorar pela tua falta, pedem um pausa. ME A BREAK.
Eu os fechos, pra evitar lagrimas ao escutar essa musica que sei que vai me trazer um lote novo de recordações. Juro que eu estou fazendo força, derrubaria um elefante com a mente, moveria montanhas, mas não conseguiria deixar de em ti pensar. Então te digo, eu sei que ainda não é o fim, sei que pra mim ele nunca vai existir, por que eu não existo sem você.
E essa loucura que por todos os motivos não tem cura, me deixa cada vez mais alienada e descontrolada por tanto desejo, por querer tanto você.

Barbearia


Portas largas, dois coração.. Ritmos diferentes, o dele e o meu. O dele ou o meu?
Um banco vermelho, que não combina com nada dentro da sala, olhares fugitivos.
Adesivos de fé, insanidade. Um espelho, vontades. Os vidros ao fundo da sala mostram o quão é imundo e desajeitado aquele lugar habitados por homens da pré-história. Lajotas estouradas e um barulho no qual só serve pra me irritar profundamente.
Já viu como surge timidez e curiosidade quando há uma menina escrevendo sentada a sua frente? Não entendo direito o motivo, por que se estivessem escrevendo sobre minha maneira estranha de contar lugares que não existem e pessoas idealizadas, eu ficaria feliz.
Não há sorriso nem se quer movimento nos lábios, acho até que estão preocupados com o que escrevo em meu bloquinho.
Cortinas verde, relógio e revistas velhas manchadas de água. No conto uma imagem, esposa? Não vejo nenhuma aliança. Confesso que é um homem charmoso a não ser pela barriga que Mick Jagger nunca teria.
Por fim, as portas se fecham, acabou o expediente. Mas eu continuo ali, no mesmo lugar, com a mesma intenção.

terça-feira, 6 de abril de 2010

You Come Back?


Voltou, novamente, sem motivo aparente.
Aquela dor que eu jurava deixar pra trás, hoje ao meio do frio voltou a bater no meu peito, ela continua a pulsar pelo meu sangue. Passar todos os dias, pelos meus olhos aquele velho e antigo filme do nosso, também, velho e antigo romance.
Há dias que não tem saída, que não tem fuga. É preciso enfrentar.
Enfrentar que tu mudaste tanto quando eu, mas eu mudei pra me adequar ao teu mudar.
Enfrentar que tu não me amas mais, e mesmo sabendo continuo a te amar. Mas não me culpe, é uma doença que venho a enfrentar por não sabe se nos teus olhos existe brilho, se não são foscos e escuros pela falta de amor. Não me culpe pela vontade imensa que tenho de pegar um avião e sai correndo pros teus braços que nunca toquei, para tua boca que apenas imaginei. Por favor, não me faça implorar um beijo seu.
Porque fingir que não senti o mesmo que eu? Por que ignorar esse sentimento que eu sei que vem te dominar a noite? Não faz isso consigo mesmo, por que a única razão de eu existir é você.
Não me importa mais se você um dia vai mesmo me desejar como antes, se vai falar que me amas milhões de vezes... Continuará sendo o sonho que eu idealizei para minha vida.
Escute meu único apelo, e ultimo... Pois não vou mais te procurar. – eu só vivo por você, quando você não existir mais então eu estarei pronta há morrer, e no céu vamos nos encontrar... E se essa é a única maneira de te amar, então, por favor, morra logo. -

domingo, 28 de março de 2010

Nao quero mais saber


Perdida num mundo que não me diz respeito
Bato e rebato na mesma tecla, ela não me diz a direção, nem forma uma palavra se quer.
Difícil é entender as coisas que se passam na cabeça deles, das pessoas ilhas que voltam a me cercar. Cheguei até pensar que eles haviam virado um mundo só, qual eu estava dentro... E agora eu vejo que não, que nunca pertencerei a esse lugar, que eles custam a chamar de lar.
Quando cair minha fixa, será tarde demais pra mim e pra eles. Pra mim por que não vou mais precisar de ninguém para dar esse sorriso que se esconde nos meus lábios por um longo tempo. E pra eles por que nunca iriam mudar de qualquer jeito mesmo.
Pena, o único sentimento que tenho, pois perderam o amor gigante que eu tinha a oferecer.
E também.. eu nao quero mais saber.

sábado, 27 de março de 2010

Por você, pra você


Posso parece louco, exagerado, mas a razão disso
É não consegui deixa de pensa em você.
Porque fiz isso? Porque te amo!
Por isso agora eu escrevo que por você eu suspiro.
Deito-me pensando em você e acordo sonhando contigo.
Sei que não sou perfeito, mas quem é?
Sei que não sou o teu ideal de homem, mas será que ele existe?
Sei que procura alguém especial.
Quando te vejo triste eu sofro, mesmo sem sabe o porquê.
Quando te vejo feliz fico contente mesmo que não tenha razão para isso.
Por você eu espero... Seja um mês ou quem sabe um ano. Por que no amor o que mais ha, é paciência,
Esperança, e quem sabe teimosia.
E pode não me querer, não me amar, mas enquanto eu tiver sentindo isso, não vou desistir.
Não me basta saber que me ama, nem sou desejo, teu amor...
Mas desejo teu carinho, tua companhia e tua amizade pra sempre...

Mais um dos recados pra ti ler 92358739245792387 vezes.
Não parece, mas fui eu que escrevi ontem de noite... Quando tu saiu do MSN =/


por Rodolfo Weimar Paniz.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Feridas do Coração Morto


Pisa, machuca, e raspa essas feridas que existe dentro do meu coração de defunto que já não senti mais dor. Com todo esse coquetel de remédio já não sinto nada, é tudo morto, se quiser colocar no lixo, vá em frente. Já que não doeu me colocar pra fora da tua vida, isso não doera também.
Ser atropelada pelo amor pela milésima vez já me causa nostalgia, como eu disse pode pisar em todo que aqui existe, nada mais vou sentir. Afinal estou preparada pra isso desde começo, desde primeiro beijo, já espero isso de coração completamente fechado.
Como a gente pode criar ilusões tão grandes diante uma só pessoa? Como podemos confiar e esperar que confie em nós, literalmente? Sem duvida, com a crença da palavra. Somos todos tolos, somos todos burros por acreditar nesse safado que é o amor. Pois te digo uma coisa, Senhor Amor, de ti não quero mais saber.
Some daqui, causador de dor, de hemorragias emocionais. Não fica com essa cara de coitadinho, por a única vitima aqui é quem tu decide habitar. Chega com essa cara de novidade, com essa esperança toda, esse cheiro de rosa. Mostra que é tudo alegria, que de tudo se deve rir e ver o lado bom.
Depois que se apodera da alma, mostra teu lado sombrio. O lado negro que tu esconde de todos, tu machucas, destrói vidas e com certeza torna todos infelizes. Quem nunca chorou pelo amor? Por essa coisa mesquinha que torna nossa vida melhor? Quem nunca pensou em desistir de tudo, mudar de cidade ou virar reppie? Duvido que alguém nunca tenha pensado isso.
Já tenho um plano mesmo, virarei lésbica, vou adotar filhos chineses e afro-americanos. E escuta aqui amor, cansei! Não me traga novidades, não me venha com outras novas crueldades que lhe ignorarei como sempre fiz. De agora a diante eu não quero nem escutar teu nome, some.
Minhas feridas de meu coração morto, eu dou um jeito, coloco uns curativos e sigo adiante.
Como dizia os mais inteligentes, “o mundo nunca para pra juntar os pedaços do seu coração”.

sábado, 20 de março de 2010

Quase Felicidade


Quando a gente passa uma vida inteira se descobrindo pra no fim apenas se perder, acho que achamos a razão, razão dos por quês que aparecem e somem em nossa caminhada por essa terra que chamamos de lar.
É detalhes que fazem a vida ter sentindo. Um sorriso singelo, uma criança na pracinha, risadas por infelicidade alheia. É uma tarde no parque com alguém que você possa se expressar sem medo de ser julgada. Uma pena que demoremos tanto pra notar coisas tão pequenas como um abraço, um ombro amigo... Um choro ou sorriso.
Passamos a buscar respostas sentadas na escada do prédio, pensando em como tem sido tão injusto essa vida que traz pessoas distantes, que leva pessoas próximas sem dar qualquer tipo de explicação e quando realmente percebemos tudo que vem acontecendo já se passou tanto tempo e se perdeu tanta coisa pela vida.
Às vezes o que basta é achar alguém que sente contigo na chuva, que veja o pôr-do-sol de uma esquina movimentada ou fala apenas coisas engraçadas. Ou pode ser totalmente ao contrario. Felicidade é uma gratificação pelas horas de trabalho, por cuida a vida toda dos filhos ou apenas por viver nesse mundo violento e egoísta. É isso o que todo mundo busca, é por essa razão que vivemos nesse mundo medíocre sem reclamar, por essa coisa que todos acham que a vida é uma bela passagem. Por um sorriso, por uma quase felicidade.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Escuro da Alma


Hoje desenho pontos escuros em todo meu caderno e penso no espelho da minha alma.
Às vezes até me faz enxergar que nada do que tenho vivido faz algum sentido, por menor que seja.
Nem as palavras que digo, ou coisas que escrevo me fazem encontrar uma saída desse beco escuro e nauseante.
Será que realmente não há esperança pra mim? Ou talvez seja apenas mais uma fase de pré-menstruação que dura o mês inteiro, novamente.
Falam, falam, falam. E as palavras me atingem como o vento, que mesmo me tocando levemente não muda a temperatura do meu ser, da minha casca.
Novas historias surgem, pois começou o ano letivo, brincadeiras e coisas feitas pra chamar atenção numa tentativa desesperada pra ser aceito e isso me da uma ânsia, uma nostalgia acompanhada por sensações ruins.
O que era, mesmo, de mim?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um grito aos surdos


As minhas olheiras já marcam um novo tipo de sentimento, uma época nova talvez. Mais um ano letivo começa, novas pessoas, professoras, mais uma vez sou ser a nova na escola, aquela com o rosto bonitinho e com coração de pedra por deixar todos a uma distancia que não que demonstra sentimentos. Uma distancia que evita conhecimentos profundos, sem magoa.
Nada do que passa na minha cabeça nessa segunda-feira com cara de domingo, consegue entender tudo que acontece ao meu redor, com as minhas pessoas ilhas. Minhas pessoas? Como me atrevo a chamá-las de minhas? Se quer de pessoas...
Já não tenho certeza do que digo, das coisas que escuto, sinto, sonho ou escrevo. Tem alguma coisa que me abraça na imensidão escura, que não me deixa sozinha por completo. Tem algo que me mostra que ainda tenho sentimentos, alguém. Mas quem? Pra que? Por quê?
Todos já sabem que meu futuro não é promissor, que morrerei aos 27 anos de morte natural, que nada mudaria meu pensamento, que nada jamais adiantaria eu me apegar a alguém a essa altura do campeonato. Talvez esse alguém queira me acordar da realidade que eu criei dentro do meu quarto, que eu chamo de mundo.
Dentro disso talvez, eu tenha uma certa segurança, por não desistir de mim, como eu já desisti. Será tudo isso um apelo? Um grito? Essas coisas que escrevo sobre outros sentimentos, sobre outras pessoas, sobre outras historias. Um grito de mim, um chamado de ajuda, que nunca será escutado, por que ainda não quero ser ajudada. Por que ainda tenho medo de ser interpretada como uma louca.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um mundo diferente do meu


Um vazio de pensamentos seria a melhor opção. Uma coisa que bloqueasse a solidão.
Não me vejo mais nos lugares de antes, não me vejo caindo na bebedeira e fingindo que está tudo bem, quando não esta, com uma facilidade incrível. Não é o sorriso que habita minha face já cansada de forçar sentimentos.
É um mundo diferente do meu, mundo de falsidade e interpretação. É um mundo de solidão.
Diferente de mim, esse mundo não trás algo na memória que lhe faz sorrir, ou alguma coisa que lhe força nos momentos que não tem mais jeito, que não tem saída. Eu trago lembranças sim, de algo bom, de algo puro mesmo que seja o sol. Eu trago o Passado.
Nesse mundo alem da solidão e falsa felicidade, também existe medo, há arrogância... entre outros. Desconfio que eles andem juntos.
As vezes tenho medo de me torna uma ilha como as pessoas que eu vejo ao meu redor, tenho um pouco de arrogância ao tratá-las. Acho que já me tornei uma delas, mas sigo sozinha.

O tempo


A chuva bate no mesmo lugar de antes, na minha janela transparente. Eu as abro com cuidado, com medo de molhar o que já foi encharcado por lagrimas salgadas uma porção de vezes. A noite está escura como breu. Da minha janela, do meu conforto, só enxergo luzes que batem nas gotas cristalinas que descem do céu aos gritos por saírem de suas nuvens, que mesmo a uma noite gelada elas lhe dão calor.

Vazio Constante


Uma saída? O que posso lhe dizer, saídas são complexas demais, o bom mesmo é enfrentar. Mas por que eu ainda uso aquela velha frase – faça o que eu digo, e não o que eu faço? –. Enfrentar o problema só é realmente bom quando somos fortes o suficiente para todos os tipos de respostas, quando podemos realmente enfrentar sem medos, sem culpa. Ser fraca não chega ser humilhante, é deprimente por que uma pessoa fraca não tem coragem de lutar, de enfrentar, de sentir realmente o que é amar. Seria eu o que então? Uma mais ou menos? Nem forte, nem fraca. Por que foi exatamente minha coragem de amar que me levou onde estou, no chão. Mas eu ainda não tenho coragem e vontade de lutar nem enfrentar de verdade os meus problemas.. E ao mesmo tempo me deprime de saber que serei apenas uma lembrança. Não conseguirei dar um basta no L. também, por que ele vai chegar do mesmo jeito, falando as mesmas coisas e eu vou acabar me sentindo culpada por tudo. Droga, se eu já estou sabendo o que ira fazer, por que não me previno? Porque não coloco uma bomba dentro da minha roupa e explodo tudo? É só ar, só vácuo.

Principe, você por aqui?


Segurança era muito pouco para o que eu senti naquele momento que os lábios dele tocaram minha testa em sinal de carinho. E também no momento que ele com cuidado passou a aquela mão macia em meu rosto, seguindo meus cabelos e contornando meus lábios. Então ele cuidadosamente interrompeu o silencio e disse:
- Quero te ensinar umas coisas - disse ele, com uma voz risonha.
- Que coisas? - eu respondi
- Coisas que tu levaras para sempre, como este momento – olhando nos meus olhos, ele continuou - que é mais valioso que todo sexo do mundo, todo carinho, todo fogo.
- Então eu disse – E que momento seria esse?
- Este.
E seu olhar invadiu meu corpo.
Foi como se ele entrasse na minha alma, e pudesse ver cada pedacinho de dor que por ali já havia passado. Foi uma das muitas sensações que ele desvendou dentro de mim, e que apenas ele poderá me fazer revive-las. Sentirei falta desta, pois me mostrou que ainda estou viva, diante tanta dor que já senti.