Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Barbearia


Portas largas, dois coração.. Ritmos diferentes, o dele e o meu. O dele ou o meu?
Um banco vermelho, que não combina com nada dentro da sala, olhares fugitivos.
Adesivos de fé, insanidade. Um espelho, vontades. Os vidros ao fundo da sala mostram o quão é imundo e desajeitado aquele lugar habitados por homens da pré-história. Lajotas estouradas e um barulho no qual só serve pra me irritar profundamente.
Já viu como surge timidez e curiosidade quando há uma menina escrevendo sentada a sua frente? Não entendo direito o motivo, por que se estivessem escrevendo sobre minha maneira estranha de contar lugares que não existem e pessoas idealizadas, eu ficaria feliz.
Não há sorriso nem se quer movimento nos lábios, acho até que estão preocupados com o que escrevo em meu bloquinho.
Cortinas verde, relógio e revistas velhas manchadas de água. No conto uma imagem, esposa? Não vejo nenhuma aliança. Confesso que é um homem charmoso a não ser pela barriga que Mick Jagger nunca teria.
Por fim, as portas se fecham, acabou o expediente. Mas eu continuo ali, no mesmo lugar, com a mesma intenção.

Um comentário:

  1. que linda que tu é.
    sempre quiz escrever assim, mas minhas tentativas sempre foram inuteis hahaha.
    pudia ter ficado no meu apto comendo besteiras e jogada no sofa, ratio.

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