Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desordem


E quanto mais pessoas me cercam, mais sozinha eu me encontro. Quanto mais sentimentos eu descubro, mais deles eu desconheço.
Talvez tenha sido a maneira estranha que nasceu o dia, ou o sol ter aparecido depois de tantos dias escondido atrás do choro do céu. Quem sabe seja a mudanças do vento por que essas desordens de sentimentos precisam de um motivo, urgente.
A solidão está chegando antes que o previsto, ela vem como uma rajada de vento quente que ao em vez de me aquecer, queima. Queima o coração apertado querendo um pouco de ar, um pouco de gelo.
Foram abertas novamente as minhas feridas. Impacientemente o vazio volta, querendo congelar o que estava quente, renasce o que eu já havia de fato matado.
Não apenas lagrimas caem, mas eu caio junto. De modo que me machuco profundamente, de modo que me mato mais uma vez. Cansei desses múrmuros de paixão, dessa incansável desordem, desse vazio que me mostra cada vez mais o quão fundo eu posso cavar e me enterrar pra não ferir ninguém.
Desajeitada, sozinha, perdida, vazia, cheia de talvez, cheia de sim concretos e não absolutos.
Doses diárias desse whisky vagabundo já não me colocam para dormir, desmaiada. Nesse som cansativo de carros, nessa fumaça que invade meus pulmões, eu não consigo mais parar de pensar nas vezes que errei, nas incertezas que causei e nos corações que quebrei.
Quem sabe eu não seja ninguém importante, talvez eu não tenha serventia.
Quem sabe eu sou mais uma das meninas estranhas que existem pelo mundo.
Não sou diferente por ser, por que todos são. Sou assim por que já me amei e por isso te peço, não fique perto de mim. Não mais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Grandeza, é o que tu representa


Hoje na capa do meu caderno escrevi essas palavras:
“Por onde tenho passado, uma ferida tenho criado
Por que não sou o pra sempre de ninguém, alem de mim.”
Então refletindo notei que não importa quantas vezes me magoam, não importa quantas vezes eu chore, por que se eu souber que de longe ela olha pra mim, já muda complemente a expressão do meu rosto. Quando leio as coisas lindas que ela já fez por mim, olhos não apenas enchem de água salgada, como elas também escorrem pelo meu rosto com simetria perfeita.
Quando noto que serei o para sempre dela, quando me cai a fixa que nunca vou deixar de ter ela em minha vida, certos pensamentos surgem. Pensamentos que não vou deixar de citar por vergonha, coisas que nunca vou deixar de escrever por timidez. Com Ana, aprendi que a amizade não tem barreiras, com Ana eu realmente amei, realmente sofri. Eu realmente vivi.
Posso passar dias e noites sem falar com ela, mas meu pensamento a segui diante a distancia que o destino escolheu. Diante a força que eu sei que cresceu, em frente às águas que já desceram tentando nós derrubar.
Sei de seus defeitos, das inúmeras qualidades, dos apegos e desapegos que o coração cheio de surpresas que é o dela, mostra. Conheço os traços de seu rosto delicado, o sorriso contagiante e alegria excitante. Não hesito em dizer a beleza que trás, a luz que proporciona, o calor que me induz a fazer coisas novas, a amar de verdade.
E mesmo que as vezes eu queira chorar no teu colo, mesmo que as vezes eu te odeie por morar longe demais do meu sorriso e por mais que te chame de azeitona, prometa pra mim que nunca vai deixar de ter esse sorriso, de mostrar aos outros tua força, tua garra. Prometa também que não vai deixar de sorrir nunca, e sempre vai acreditar no teu potencial e ele é gigante acredite. Nunca deixe de viver por uma briga, não pare de pensar por medo de chorar, não deixe que a razão tome conta de todo o amor que carrega por carma dentro de ti, e eu de mim.
Não esqueça que nos somos professoras, escolhidas pelo destino. Só esqueça-se das coisas ruins, das minhas manias ruins, das tuas bobagens de dar importância pra quem não merece. Não deixe ninguém falar o que você deve ser, não deixe nada impedir seu destino que com certeza é junto ao meu.
Não fale quando deve escutar, nunca deixe de falar quando querem te ouvir. Mas também não conte o final do livro se quiser que eles o leiam.
Aprendi tantas coisas contigo, com essa tua personalidade brilhante. Com teu jeito deslumbrante. Ana é calmaria, é leveza ao andar, falar e agir. Carolina é revolta, é força, é birra, é puro ego. E disso tudo te faz tão perfeita, esse equilíbrio que só eu que vejo. Essa semelhança tão grande entre nós, essa diferença tão gigante que existe.
Pois quando tu não praticas o sorriso, o mundo para de praticar também.

E então, sorri para mim, hoje?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Começo do Fim


De um lado ao outro eu olho, recordo todos os teus movimentos com facilidade.
Eu tento entender como aquelas palavras secas e congeladas saíram da tua boca sempre tão doce.
Enxugo minhas lagrimas que não querem parar vazar de dentro dos meus olhos aflitos por não tem notado antes o valor que tinha pra mim. Por só agora, depois de um fim carinho e gentil saber que sempre foi ele, ele que estava por trás dos meus melhores e piores dias, que me fazia rir durante aquela TPM que durava o mês inteiro. Era ele que me deixava rindo sozinha durante o caminho de casa, depois da escola.
Por mais que eu não enxergue em todos os lugares teu rosto, nem sinta todo o momento teu cheiro que já me levantou de muitos momentos ruins. Eu nunca vou esquecer-me do teu sorriso que sempre me deixou alegre. E hoje, mesmo que nossas vidas estejam separadas por ironia do destino, é ele que vai me ensinar a viver sem teu corpo carinhoso, sem teus olhos cor de mel, sem tuas brincadeiras e palavras doces.
Vão ser teus gestos que ensinaram como conviver com o vazio que tu deixaste em mim, com esse coração apaixonado que tu pisaste com tanta força, mesmo sem querer.
Olhando para porta do meu quarto, lembro do primeiro dia que entraste aqui. Lembro da tua alegria vista, por saber que não seria mais um em minha vida. Lembro do sorriso que tu estavas, de orelha a orelha. Do teu jeans desgastado, dos tênis de marca e também da tua blusa macia. Lembro-me de tudo que vivemos com a maior alegria possível, com toda alegria que restou de mim. Mesmo sabendo que ela logo vai acabar.
E querendo ou não, vamos reaprender a viver sem o outro, sem as brigas e sem os sorrisos. Tudo vai embora, meu bem. Os momentos ruins e também os bons. Vou ser uma recordação bonita, uma musica que você vai deixar de escutar, por medo. O mesmo medo que eu também vou sentir.
Quando me falou que não sabia mais se me amava, todas as lagrimas que eu não larguei durante as tuas palavras saíram como uma rajada de vento dos meus olhos. Primeiro, elas se acumularam nas minhas pálpebras cansadas e logo depois pisquei... E elas não paravam mais de sair de dentro dos meus olhos já vermelhos.
- Isso vai passar. - disse ele.
Passar? Vai passar o vazio? Vai sumir a dor? Meus olhos iram secar. Mas não de querer mais chorar e sim de não ter mais o que chorar.
E mesmo chorando eu o respondi com firmeza – isso não passar, a gente que aprende a conviver com o sofrimento. Por isso me torno cada dia uma pessoa pior. – então ele me manda calar a boca, e nunca mais repetir isso.
Não querendo mais olhar para aquela cara inchada e vermelha, perfeita, eu o pedi que fosse ao banheiro lavar o rosto e assim ele poderia ir embora.
Era pra ser brincadeira de criança, mas me amaste como um homem. Era pra ser mais uma historia boba, mas tu vai ficar pra sempre dentro do meu coração. Era pra ser fútil e foi tudo.
Como é frágil esse meu sentimento, como é comum essa minha historia. Aquela que eu pensava ser única e perfeita, hoje já não me alegra e também já não me derruba como antes.
Cuidado com o tempo, ele é o melhor. Mas também leva o sentimento.
É tudo o que tenho que refletir.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

BREAK


Toda vez que me lembro de ti, um sorriso surge nos meus lábios cansados de forjar palavras e ações. Toda musica, um pensamento perdido aparece, sobre ti. Sobre nós.
De todos os lugares do meu quarto, vejo teus gestos. Do meu lado, eu imagino você na minha cama, teus olhos quais só sei a cor olhando nos meus de mel. Tua boca falando meu nome, me pedindo pra deitar mais perto... Pra colocar minha cabeça sobre teu ombro, e cochichar nos teus ouvidos o que queres tanto me dizer.
E quando acordo pra minha fútil e inútil realidade, sinto meu coração sumir de tão apertado pela saudade que hoje é mais viva que ontem.
Então olhando essa carta, crio um buraco fundo e escuro no meu peito, retiro de dentro todas as alegrias que me trouxe nesses meses que passam como o maior ponteiro do relógio. E mesmo assim continuo a te amar. E fico loucamente te amando durante horas e horas, pensando como posso sentir essa segurança com alguém que está três estados longe de mim, que se encontra carente e persuasivo. Usando mulheres pra se saciar.
Eu tremo, tremo por saber disso tudo, por saber que é verdade. Meu estomago da voltas, sinto estou vomitando palavras por todos os lugares que ainda te vejo. Espelho, computador, fotos, banheiro, chocolates, webcam, teclado, celular, minhas mãos, minhas unhas, meus olhos, tenho medo de ter que vomitar na minha própria boca por desejar tanto um beijo seu. E meus olhos já cansados de tanto chorar pela tua falta, pedem um pausa. ME A BREAK.
Eu os fechos, pra evitar lagrimas ao escutar essa musica que sei que vai me trazer um lote novo de recordações. Juro que eu estou fazendo força, derrubaria um elefante com a mente, moveria montanhas, mas não conseguiria deixar de em ti pensar. Então te digo, eu sei que ainda não é o fim, sei que pra mim ele nunca vai existir, por que eu não existo sem você.
E essa loucura que por todos os motivos não tem cura, me deixa cada vez mais alienada e descontrolada por tanto desejo, por querer tanto você.

Barbearia


Portas largas, dois coração.. Ritmos diferentes, o dele e o meu. O dele ou o meu?
Um banco vermelho, que não combina com nada dentro da sala, olhares fugitivos.
Adesivos de fé, insanidade. Um espelho, vontades. Os vidros ao fundo da sala mostram o quão é imundo e desajeitado aquele lugar habitados por homens da pré-história. Lajotas estouradas e um barulho no qual só serve pra me irritar profundamente.
Já viu como surge timidez e curiosidade quando há uma menina escrevendo sentada a sua frente? Não entendo direito o motivo, por que se estivessem escrevendo sobre minha maneira estranha de contar lugares que não existem e pessoas idealizadas, eu ficaria feliz.
Não há sorriso nem se quer movimento nos lábios, acho até que estão preocupados com o que escrevo em meu bloquinho.
Cortinas verde, relógio e revistas velhas manchadas de água. No conto uma imagem, esposa? Não vejo nenhuma aliança. Confesso que é um homem charmoso a não ser pela barriga que Mick Jagger nunca teria.
Por fim, as portas se fecham, acabou o expediente. Mas eu continuo ali, no mesmo lugar, com a mesma intenção.

terça-feira, 6 de abril de 2010

You Come Back?


Voltou, novamente, sem motivo aparente.
Aquela dor que eu jurava deixar pra trás, hoje ao meio do frio voltou a bater no meu peito, ela continua a pulsar pelo meu sangue. Passar todos os dias, pelos meus olhos aquele velho e antigo filme do nosso, também, velho e antigo romance.
Há dias que não tem saída, que não tem fuga. É preciso enfrentar.
Enfrentar que tu mudaste tanto quando eu, mas eu mudei pra me adequar ao teu mudar.
Enfrentar que tu não me amas mais, e mesmo sabendo continuo a te amar. Mas não me culpe, é uma doença que venho a enfrentar por não sabe se nos teus olhos existe brilho, se não são foscos e escuros pela falta de amor. Não me culpe pela vontade imensa que tenho de pegar um avião e sai correndo pros teus braços que nunca toquei, para tua boca que apenas imaginei. Por favor, não me faça implorar um beijo seu.
Porque fingir que não senti o mesmo que eu? Por que ignorar esse sentimento que eu sei que vem te dominar a noite? Não faz isso consigo mesmo, por que a única razão de eu existir é você.
Não me importa mais se você um dia vai mesmo me desejar como antes, se vai falar que me amas milhões de vezes... Continuará sendo o sonho que eu idealizei para minha vida.
Escute meu único apelo, e ultimo... Pois não vou mais te procurar. – eu só vivo por você, quando você não existir mais então eu estarei pronta há morrer, e no céu vamos nos encontrar... E se essa é a única maneira de te amar, então, por favor, morra logo. -