Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


(...) Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou bem nublado, mas depois abriu o maior sol."
Tati Bernardi

De cada vez;


Não parava mais com os pés tortos. Pois isso lhe chamava sempre atenção.
Mas não foi por que ela quis, ela simplesmente foi tirando todas as manias que ele gostava, de seu corpo. E não fazia falta alguma.
Nunca fez falta, ela gostar ou não de seu corpo. Era o que ele pensava que valia apena sempre.
Hoje ela faz academia, pratica esporte, corre no parque, cuida da saúde física assim como da mental também. E faz por ela, o que ele pensa não faz mais diferença.
Voltou com seus hábitos velhos, como ler e estudar todos os dias. Escuta musicas esquisitas, mas se veste normal. Chega de infantilidade, já bastou tudo o que ele fez.
Mas sempre que ela passa por aquela rua, durante três ou mais minutos, ela volta a ser a estranha dele. A menina que usa alargadores e calça justa com tênis ralos. A guria que solta o cabelo e usa toca de menino no inverno. Ela que sempre com aquele casaco vermelho fazia a cabeça dele delirar. Mas são os três minutos dela com ele. E não os dele com ela. Isso não existe mais.
Hoje ela acredita que eles se distanciaram para que coisas melhores se juntem, e ela gosta de pensar assim. Acostumou-se com a idéia que o mundo deseja mais pra ela. E segue em paz, com seus cinco minutos com ele. E vinte três horas e cinqüenta e cinco minutos só pra ela.
Adotou uma outra teoria de vida, um dia..