Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

domingo, 30 de maio de 2010

Reflexos no Gelo


Pensei que estava curada da paixão instantânea e desse vazio que ela me trás. Pensei ter superado essa fase de me apaixonar pelo primeiro amante que me desse um pouco de atenção, depois de um relacionamento fracassado. Pensei tantas coisas que hoje me vejo sem nenhum desses pensamentos persuasivos que comem minha energia, a porção de criatividade que tenho durante os dias mais frios desse ano úmido.
Quero calor. Preciso sair dessa cidade, ela não me deixa bem.
Pra ajudar tenho a mania ridícula de entrar no MSN e digitar seu nome, apenas pra ver se você está online, pois não há mais nada a ser dito.
Entre os poucos olhares que já trocamos guardo seu sorriso, das palavras engraçadas e estranhas que já dizemos, lembro-me apenas de quando disse que me amava. Por quê? Se eu sei que é falso, eu sei que não é do fundo do seu coração. Diga-me, por que diabos eu acredito nisso?
Eu só precisava de um segundo pra te mostrar que as coisas podem melhorar. Que o amor dentro de mim não é em vão. Desculpa, me precipitei. Não é amor. Indescritível é o tamanho desse carinho, mas não é amor. Intolerável é o tamanho deste ciúme, mas não é amor. Nem chega perto de ser mágico e cuidadoso.
Já sei, é física? Lei da atração, de Newton. Por favor, uma luz. Aqui ta ficando cada vez mais escuro e começo a pensar que o problema é comigo, sem colocar a culpa na falta de maturidade dos outros. Estou com problemas, não quero tua ajuda. Vou me virar sozinha por que depois disso tudo ainda restou o meu orgulho.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Emocional Confuso


“Eu ainda não estou no momento certo, depois do meu ultimo namoro.. nunca mais fiquei com ninguém serio mas eu gosto do teu jeito de ser por isso digo agora, pra não te magoar..”


Eu sei que ele nem merecia minhas lagrimas, mas elas não foram pra ele, de fato! Pois existiam muitas razão para acabar num mar de lagrimas, essa foi apenas a gota d'agua.
Criei novas maneiras que não dizer o que eu sinto, novas formas que não falar nada sobre um possível “nós”. Mas eu não quero que fujas de mim e fique longe por medo da mania de perfeccionismo que eu adquiri com o tempo, esquecendo as pessoas que são apenas... pessoas.
Nem me mostre o gosto do teu beijo, não chegue perto de mim com esse perfume barato, não encoste sua mão sobre a minha mão em sinal de carinho e, por favor, não fale de amor. Vai evitar que minhas defesas abaixem, que cresça a flor que plantou dentro de mim, mesmo sem querer, e eu sei que foi.
Mas que ele me prive do possível, tire essa magoa sem razão que tenho pelo seu jeito sincero, levemente grosseiro, mas de uma forma muito doce por que eu sei o que dentro, o coração esconde.
Peço por favor, que não me iluda com palavras que não digam a verdade, palavras traiçoeiras, pois mesmo que eu saiba o quão elas são falsas, iram mexer facilmente com meu emocional defeituoso.
Na duvida, vá embora com os sonhos que eu sonhei pra nós dois. Não quero lembranças pra me arrepender depois.

Ou melhor fique, mas não me deixe sair do chão.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O novo antigo

Engraçado é te vê no espelho quando me procuro, é sorrir com sua boca e acompanhar teus passos da maneira que posso.
Desgraça é não ver teus olhos brilharem ao acordar do sol, é não decorar teu jeito depois de tanto tempo e não poder te acariciar como sempre quis.
Irritante é saber que tua boca hoje beija outra, mas teu coração me pertence e sempre irá pertencer. Errado é pensar que um dia os dois serão apenas meus.
Desgastante é ficar imaginando seu corpo acompanhando minha alma por onde quer que eu vá, é conseguir diferenciar teu perfume a milhares de km mesmo sem conhecê-lo na tua pele.
Excitação aos meus sentimentos é lembrar-se da tua voz rouca, das tuas bochechas flácidas e lisas e do teu cabelo caracol. É saber que mesmo longe teu sorriso sempre será pra mim. E isso me dá calma, paciência.
Mas faça o que quiser destas emoções acumuladas. Faça o que bem entender da minha angustia de só saber te amar. Mas use-a pro teu bem mesmo que me faça algum mal. Para todos esses males existe uma sensação nova, uma droga que eu ainda não conhecia, mas acabei de viciar. Ainda não sei o nome e quanto tempo dura o efeito, mas gostei de experimentar.
Ela por me fazer ficar perto de ti, ela por mostrar que ainda somos um só, dela por não querer que isso acabe. Essa droga, que ao me tirar do fundo desse abismo que tu conheces como ninguém, me torna cada vez mais fraca as tuas palavras fazendo com que eu me rendar francamente e facilmente aos teus versos repetidos e cansativos que escutei por ai.
Eu tenho motivos pra te odiar e por mais que eu implore esse sentimento, o recuso. Pois é por ti que ainda vivo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Autoconhecimento


Estranho. O Céu chora de novo, mas dessa vez não tem nada haver com meus sentimentos tristes ou confusos.
Meus olhos ficam presos a cada gota que derrama sobre a minha superfície. Procuro uma explicação por que pela primeira vez não acompanha meus maus sentimentos.
Não tem razão pra isso Céu, estou bem. Confusa, mas bem.
Vou até lhe contar a causa, quem saiba você se acalme, respire e veja a beleza que está pra nascer depois das tuas lagrimas carentes e sinceras.
Enquanto eu tocava os primeiros acordes do meu violão lembrei-me de todas as coisas que levaram a cada decisão pequena e grande na minha vida, então, parei.
Parei de chorar pelo leite derramado, pela lagrima salgada que hoje parou de habitar meus dias de insanidade, por que eles me serão de muita utilidade. Olho para trás e me vejo sempre esperando chegar o dia que vou sorrir, e essas lagrimas iram sumir. Acho que esse dia chegou por que pela primeira vez em dez meses me sinto LIVRE!
Livre pra sonhar com coisas reais, pra amar de verdade. To livre da corrente que me prendia ao chão sem poder voar, da bola de vidro que eu tinha criado em volta de mim. Ainda bem, já estava sem ar, sabe Céu?
Sinto-me tão solta, tão à vontade e ao mesmo tempo me pergunto quanto tempo isso vai durar. Espero mesmo que seja pra sempre, gostei dessa sensação! E ela é nova, Céu. Tão nova que ainda não me acostumei com tanto ar em minha volta, com essas risadas conhecidas. Ah, por falar nisso deixei as pessoas me conhecerem de verdade, vou as deixar tirarem suas próprias conclusão, sejam elas precipitadas ou não.
Eu ainda não sei quem sou esse novo eu, não sei ainda se deixei de ser uma larva pra virar uma borboleta, ou se a minha borboleta vai ter apenas 14 dias de vida. Não me preocupo, nem mesmo vou contar. Pelo simples fato de estar acontecendo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Guardei sem ter porquê


Enquanto você vive sua vida ignorando os fatos, eu vivo a minha em torno dessa sua angustia gigante e escondida.
Eu tenho dentro de mim, as tuas pegadas pesadas. Tenho o sonho morto pela facada de maldade que você enfiou dentro de tudo que a gente já viveu, imaginou, pensou.
Essa musica me lembra aquela época que você me dizia o quanto eu era especial, que você sussurrava o seu amor entre parcelas, me lembra exatamente o dia que lhe vi inchado, com os olhos e o rosto todo vermelho ao ler minha carta, ao usar meu presente e ao sentir meu cheiro pela primeira vez, me lembra da tua jura eterna, mais uma vez, você comprovava teu amor e teu respeito por mim. O quanto mais puro eu achava que era, o quando mais inocente um tinha certeza que você se provava. Enganava-me.
Imaginava-te um menino indeciso, e vi um homem com uma gigante e prospera personalidade. Via-te como um guri bobalhão e esqueci de levar a serio tuas bobagens serias. Acabei te perdendo pelo fato de não ser o que tu esperavas ou imaginava.
Não me culpo de nada, alem da vida inútil que levo ou do sonho que destruir ao dizer – então vá – com tanto desdém, sabe? Não me culpo pelo destino não ter responsabilidade suficiente e dizer que a culpa é dele, na realidade. E sempre será.
A culpa é do destino, de Deus, do Céu que irão habitar aqueles que acreditam na bobagem gigante que igreja implantou na raça humana, por décadas! São eles os donos dessa angústia que me aperta o peito, eles que me fazem ver o quando continua frágil a vida que levo.
Como tuas lembranças podem me transportar desse tempo para outro tão bonito e tão diferente, mas tão, tão... Qual seria a palavra? Ah sim, distante!
Teu coração bomba o meu sangue, teu sorriso aquece meus pés nas noites geladas, escuras que são normais nesse inverno.
Teu abraço, teus braços, teu beijo que não sei o gosto, que não sei o nível do aconchego, que não enxergo.
Preciso me livrar de tudo que me transporta a esse lugar mágico, mas então terei que livrar-me de mim.