Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Autoconhecimento


Estranho. O Céu chora de novo, mas dessa vez não tem nada haver com meus sentimentos tristes ou confusos.
Meus olhos ficam presos a cada gota que derrama sobre a minha superfície. Procuro uma explicação por que pela primeira vez não acompanha meus maus sentimentos.
Não tem razão pra isso Céu, estou bem. Confusa, mas bem.
Vou até lhe contar a causa, quem saiba você se acalme, respire e veja a beleza que está pra nascer depois das tuas lagrimas carentes e sinceras.
Enquanto eu tocava os primeiros acordes do meu violão lembrei-me de todas as coisas que levaram a cada decisão pequena e grande na minha vida, então, parei.
Parei de chorar pelo leite derramado, pela lagrima salgada que hoje parou de habitar meus dias de insanidade, por que eles me serão de muita utilidade. Olho para trás e me vejo sempre esperando chegar o dia que vou sorrir, e essas lagrimas iram sumir. Acho que esse dia chegou por que pela primeira vez em dez meses me sinto LIVRE!
Livre pra sonhar com coisas reais, pra amar de verdade. To livre da corrente que me prendia ao chão sem poder voar, da bola de vidro que eu tinha criado em volta de mim. Ainda bem, já estava sem ar, sabe Céu?
Sinto-me tão solta, tão à vontade e ao mesmo tempo me pergunto quanto tempo isso vai durar. Espero mesmo que seja pra sempre, gostei dessa sensação! E ela é nova, Céu. Tão nova que ainda não me acostumei com tanto ar em minha volta, com essas risadas conhecidas. Ah, por falar nisso deixei as pessoas me conhecerem de verdade, vou as deixar tirarem suas próprias conclusão, sejam elas precipitadas ou não.
Eu ainda não sei quem sou esse novo eu, não sei ainda se deixei de ser uma larva pra virar uma borboleta, ou se a minha borboleta vai ter apenas 14 dias de vida. Não me preocupo, nem mesmo vou contar. Pelo simples fato de estar acontecendo.

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