Clichê

Não, eu não sei mais o que te dizer. Tudo parece um tremendo engano, tudo na verdade é um clichê. Você me diz que não sabe como, mas pensava que iria doer mais ficar longe de mim. Aos meus ouvidos isso parece que você não lembra mais como meu jeito é doce, perto de ti. Aos meus olhos isso é visto como um “chega pra lá, eu não te amo mais”. E pelo meu toque, eu não te encosto mais.
Por mais que doa tanto, como dói agora. Eu estou disposta a te deixar ir embora da minha vida, eu simplesmente não quero metade.
Metade de um sentimento, metade de um beijo, metade da tua mão. Não quero receber um meio abraço, ou um quase te amo. To cansada de expectativas falhas, de relacionamentos de brinquedos.
Eu vejo hoje como era frágil nosso sentimento, vejo hoje que não era tão solido como eu pensava. Fico me perguntando se foi só o meu erro que mostrou tudo isso, ou se sempre foi assim.
Eu realmente gostava de olhar pra ti, mas hoje me machuca. Eu adorava ouvir teu som, mas hoje prefiro nosso silencio. Eu imaginava sempre o momento que tu me pediria em namoro, mas esse dia chegaria? Contentava-me com nossos finais de semana grupal, e quando éramos sozinhos, que fosse físico.
Deixo-te embora, sem beijos, mas quando te olhei nos olhos hoje, te disse tudo que eu quis. Disse-te a dor que me habita bem ao centro do meu peito. Contei que não como a dois dias, que não tenho mais lagrima nos meus olhos. E eles também doem.
Mas eu não consegui ler nada no teu olhar, ele era tão vazio. Era um cheio tão vazio de mim. Eu entendo, virei tão compreensiva ultimamente. Mas tudo tem um limite. Acho que eu cheguei ao meu.
Mesmo te amando, te deixo ir... e leve logo, essa dor imensa de mim.